Em 7 meses de 2022, área queimada no Pantanal reduziu 19% – Correio do Estado

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Neste mesmo recorte de janeiro a julho, o ano passado já teve menos registros que 2020, o que mostra uma regressão de danos
29/08/2022 09h30
Mariana Moreira

Diante de um recorte sobre incêndios e queimadas, o Pantanal foi envolvido em uma série de ações depois de 2020 que resultou na redução de registros de fogo e degradação causada pelas chamas. 
O Monitor do Fogo, do MapBiomas, registrou redução de 19% na área queimada entre janeiro e julho deste ano no bioma, na comparação com o mesmo período de 2021. Nessa matemática, o ano passado já teve menos registros do que 2020, o que significa uma regressão de danos.
A avaliação apurada pelo Monitor do Fogo representa uma modernização a que o sistema foi submetido e cuja plataforma foi lançada neste mês.  
Há uso de imagens de satélite europeu Sentinel 2 para fazer esse mapeamento. O equipamento verifica uma mesma localidade a cada 5 dias e isso aumenta a possibilidade de observação de queimadas e incêndios florestais.
Ele também permite uma resolução espacial de 10 metros, o que aumenta a área a ser observada em até 20%, na comparação com as análises que ocorriam anteriormente pelo MapBiomas, que possui dados catalogados desde 1985.  
A partir desse aumento de capacidade de avaliação, houve a possibilidade de identificar que, nos últimos quatro anos, o Pantanal teve a menor área queimada no período, que representou em 75.999 hectares.  
O fogo não é um dano só ambiental, ele causa problemas econômicos e sociais. Uma nova análise que passou a ser feita em Mato Grosso do Sul por meio do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS) identificou que o prejuízo que os incêndios florestais causaram para pecuaristas e agricultores em 13 municípios alcançou R$ 5,3 milhões nessa safra de 2021/2022.  
Ao mesmo tempo em que há números que amenizam os impactos sobre o fogo no Pantanal de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o mesmo efeito não é refletido no período de estiagem, que segue de forma severa no bioma.
Atualmente, o Pantanal está mergulhado em um período de seca extrema, que vem perdurando desde meados de 2019. Com ciclos mais curtos de chuva, o terreno e a vegetação acabam se tornando mais suscetíveis para os incêndios. E se o fogo não é registrado, há necessidade de maior condição de alerta de autoridades e proprietários rurais.  
Diferentes estudos científicos apontam que os danos ambientais causados na Amazônia, principalmente na borda sul, geram um impacto direto no grau de umidade no Centro-Oeste. 
E é na floresta amazônica que o fogo ainda segue em crescente uso, na contramão do que foi registrado no Pantanal.  
“Dados do MapBiomas mostram que 2.932.972 hectares foram consumidos por queimadas nos primeiros sete meses do ano. Embora maior do que o estado de Alagoas, essa área é 2% menor do que a que foi consumida pelo fogo no ano passado. Porém, na Amazônia e no Pampa a situação é diferente: esses são os únicos biomas com aumento na área afetada pelo fogo. Na Amazônia, o fogo atingiu uma área de 1.479.739 hectares, enquanto que no Pampa foram 28.610 hectares queimados entre janeiro e julho de 2022. Nesse período, foi registrado um aumento de 7% (ou mais de 107 mil hectares) na Amazônia e de 3.372% no Pampa (27.780 ha)”, identificou a rede colaborativa de pesquisadores e instituições de pesquisa que compõem o MapBiomas.
O Observatório do Clima, que se utiliza de dados do MapBiomas e de outras plataformas para observar a situação dos biomas, indicou que os estudos mais recentes identificaram que os rios voadores garantem a umidade no Pantanal para regulação das chuvas.
Nesse contexto, os ventos alísios (que são úmidos e sopram de leste para oeste na região equatorial) sofrem desequilíbrio.  
A umidade da transpiração da floresta é reduzida com as queimadas, incêndios ou período de seca. 
Com menor quantidade de umidade, os rios voadores não conseguem chegar ao Pantanal para gerar as chuvas. Em efeito cadeia, a hidrologia também é afetada e as cheias passam a ser menos registradas ou reduzidas.
“A área de alertas de desmatamento na Amazônia em julho (2022) atingiu 1.487 km², um empate técnico em relação a julho do ano passado (1.498 km²). É uma área equivalente à da cidade de São Paulo (1.500 km²) destruída em um único mês. Os dados são do Deter-B, o sistema de detecção de desmatamento em tempo real do Inpe. Como a medição do desmatamento é feita de agosto de um ano a julho do ano seguinte, já é possível estimar a área acumulada de alertas na Amazônia em 2022: 8.590 km², a terceira mais alta da série histórica iniciada em 2015”, detalhou o Observatório do Clima neste mês.
Na sexta-feira (26), um outro detalhamento do MapBiomas identificou que as cheias no Pantanal estão sendo mais curtas. Houve análise entre o pico de cheia de 1988 e de 2018. Enquanto há 30 anos as inundações duravam seis meses, a cheia mais recente foi de apenas dois meses.  
“Tendência constatada foi a redução da superfície de água. O fenômeno ocorre especialmente no Pantanal, que é fortemente influenciado, por exemplo, pela variação da umidade gerada na evapotranspiração das árvores da Amazônia”, detalhou o MapBiomas.
“Muito mudou [depois do fogo de 2020]. Há menos iscas [vivas]. As iscas que mais a gente usa na região para o comércio é a tuvira e o caranguejo, tem o cascudo também. Ficou mais difícil de achar. Foi depois do fogo que isso se alterou”, apontou Leonida Aires de Souza, uma das líderes da Associação de Mulheres Artesãs da Barra do São Lourenço Renascer. (Colaborou Rodolfo César)
Segundo o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS), o prejuízo que os incêndios florestais causaram para pecuaristas e agricultores em 13 municípios de Mato Grosso do Sul alcançou R$ 5,3 milhões nessa safra de 2021/2022.  
fim de ano
Após mais de um ano de obras, os visitantes ainda poderão ver pontos em reforma
15/12/2022 19h31
Trabalhadores ainda no local na tarde desta quinta-feira (15) Alison Silva
Após atrasos, a Cidade do Natal, localizada nos altos da Avenida Afonso Pena, foi inaugurada nesta quinta-feira (15) em Campo Grande, mas o que ficou visível aos primeiros visitantes são obras ainda inacabadas no local. 
O momento aconteceu baseado em protocolos, com a presença da prefeita Adriane Lopes (Patriota) que, por volta das 16h, acompanhou um tour realizado no espaço e exaltou a programação de Natal da Capital, em meio a conturbados assuntos pendentes em sua gestão. 
A proposta é que os visitantes observem um cenário urbano que visa representar referências históricas da Capital, como, a Pensão Pimentel, Casa do Artesão, Residência Paulo Coelho Machado, e Colégio Oswaldo Cruz. As instalações são todas de acesso gratuito, inclusive a roda gigante. 
A população terá que arcar apenas com o consumo de bebidas e comida no local, que inicia  em R$6, que é o valor da água e do refrigerante.
Inicialmente é que a reforma que começou em novembro de 2021 tenha custado R$ 3,4 milhões aos cofres públicos municipais, porém Adriane Lopes não confirmou qual foi o valor final e garantiu que a maior parte da reforma foi realizada com a ajuda de patrocinadores, mas também não especificou.  
“Nós ainda não fechamos todo o valor, porque nós tivemos muito patrocínio, utilizamos muito de tudo que já foi utilizado nos anos anteriores, houve aqui um trabalho de sustentabilidade, de recuperação”, comentou Adriane. 
A visita foi aberta primeiramente para a imprensa e convidados e o horário de abertura ao público estava previsto para as 18h30, mas só aconteceu as 19h15 desta quinta-feira (15).
O projeto de reforma da Cidade Do Natal, previa o início das obras na primeira quinzena de setembro de 2021, com entrega final dentro de oito meses, em maio de 2022. No entanto, as obras só foram iniciar efetivamente em novembro de 2021.
Levando em consideração os oitos meses, a obra deveria ter sido entregue em julho de 2022, o que não ocorreu.
Em novembro deste ano, faltando cerca de 40 dias para o Natal, apenas 60% das obras haviam sido concluídas, e a previsão de entrega era para o final de novembro.
Com isso, mais uma vez o prazo foi adiado para 10 de dezembro e novamente adiado para esta quinta-feira (15). Os atrasos foram justificados pelo atraso da chegada de materiais e pelas chuvas dos últimos dias. 
Denúncia
Servidores do Centro de Controle de Zoonoses a acusam de comunicação antiética, prepotência e uso do cargo para fins pessoais
15/12/2022 18h30
Arquivo/Correio do Estado
Em decisão publicada na edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) desta quinta-feira (15), a prefeita Adriane Lopes revogou a designação de Juliana Resende Araújo, Coordenadora de Controle de Zoonoses e Bem Estar Animal (CCZ).
Juliana foi denunciada, nesta semana, por funcionários que fizeram um abaixo-assinado para tirá-la do cargo, com denúncias relacionadas a abuso de poder, uso do cargo para fins pessoais e agressividade na comunicação.
Ao Correio do Estado, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou que a servidora está de licença médica, e uma superintendente foi designada para ficar na função. Apesar do possível problema de saúde, foi apurado que a licença também está relacionada às denúncias. 
“Não é uma punição nem nada, (a revogação) tem apenas caráter formal administrativo”, concluiu.
Os agentes descreveram o ambiente de trabalho como “tóxico”, e afirmaram que a veterinária responsável possui comportamento arrogante com os funcionários. Além disso, mencionaram a comunicação antiética da coordenadora, com uso indiscriminado de mensagens fora do horário do expediente, e com linguagem agressiva.
No documento enviado à Sesau, os funcionários afirmam que “muitos vêm apresentando crise de pânico e ansiedade, inclusive buscando auxílio da Gerência de Saúde do Servidor (Gersau/Sesau)”.
Eles ainda afirmam que puderam notar um aumento considerável de problemas psicológicos na equipe desde que a coordenadora assumiu o cargo, em 2019.
Outra denúncia é de que Juliana estaria usando o cargo para benefícios pessoais. Imagens, divulgadas pelos funcionários, teriam mostrado animais com selos de empresas privadas enrolados em sacolas plásticas para serem descartados no CCZ.
A Sesau informou que ainda irá abrir um processo administrativo para apurar a situação.
Confira o documento:
 
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